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Só mesmo algo por Augusto para subjugar minha renitente recusa em dispor
meus filmes na internet.

Quando o poeta, designer e editor André Vallias convidou-me para participar de uma homenagem aos 80 anos de Augusto de Campos na Errática, ele perguntou:
"teria algum trecho de filme seu com alguma referência direta ou indireta ao Augusto?".

Esses fragmentos de seis filmes, dentre os onze produzidos em 22 anos de cinema (de 1988 a 2010), contemplam referências diretas e indiretas que projetam e atestam a importância da obra de Augusto (poemas, traduções, ensaios) sobre a minha obra, como formação de repertório e como nutrição de impulso.

São filmes que fiz ao ombro e ao colo de Bernardo Vorobow. Tenho certeza de que Bernardo, meu produtor, concordaria sem um fotograma de dúvida com minha decisão de finalmente "ceder" à web, por esta justa causa. Bernardo sabia o que significa, em termos humanos e artísticos, minha relação com Augusto.

Eu os re-apresentei nos anos 90, pois já se conheciam antes de vistas. Nos anos 70, as cabines de Julio Bressane para os poetas concretos ocorriam no "cinema do Bernardo", como era chamada a salinha da Sociedade Amigos da Cinemateca, então dirigida por Bernardo, e que funcionava no porão do Belas Artes.

Escolhendo os trechos (trailers? teasers?) para esta homenagem, me bateu um baita orgulho da obra, na inteireza de sua condição, sua constelação. Como se os 'poemovies' adquirissem outra consistência, íntegra, à luz do que devem a Augusto. E a Bernardo.

Ah, o encontro... No mesmo ano de 1981 em que conheci o Augusto, conheci o Bernardo.

Os que nos conhece(ra)m, podem imaginar a dimensão irredutível e incomensurável
do que me (re)significa uma tal "co-incidência".

Minhas bagatelas. Meus amores.

Carlos Adriano